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O grande mistério do 13: Como o número se tornou símbolo de superstição

  • Foto do escritor: CA Terapeuta
    CA Terapeuta
  • 29 de out.
  • 4 min de leitura

Como numeróloga, em diversas ocasiões sou questionada sobre números que permeiam a superstição:

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alguns vistos como positivos, como o 7 e o 8, considerados por muitas culturas como auspiciosos, e outros como o 13, número que tradicionalmente desperta medo. Associado ao azar, ele é conhecido em alguns lugares como a “dúzia do diabo”, a ponto de prédios, por exemplo, pularem o 13º andar.

Mas o número 13, longe de representar apenas má sorte, é um espelho cultural que reflete como a ordem dominante rotulou aquilo que escapa à sua lógica.

Desta forma, com o Dia das Bruxas chegando, momento onde as fronteiras entre o visível e o invisível se alinham e um portal mágico se abre, decidi contar um pouco sobre como o 13 se tornou temido, ligado ao mal e ao oculto, escondendo sua natureza sagrada.


O 13 como número lunar e feminino


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Para compreender essa transformação, precisamos observar antigas sociedades com características matriarcais, onde o número 13 estava ligado aos ciclos da Lua. Calendários lunares seguem esse conhecimento marcando ritos, celebrações e ciclos sagrados.

Esse conceito permanece vivo na bruxaria, onde entende-se que, no décimo terceiro mês, o Sol “morre” no solstício de inverno para renascer no dia seguinte. Para culturas que vivenciavam o tempo como ciclo, essa “morte” aparente não é catastrófica. Ela faz parte da renovação.


Como o patriarcado apagou o 13 do sagrado


Com a imposição de uma visão de tempo linear, típica de culturas patriarcais, o ciclo passou a ser interpretado como fim absoluto. O décimo terceiro mês se tornou algo fora da ordem estabelecida.

O número 12 passou a simbolizar completude:12 meses, 12 signos, 12 apóstolos.

E o 13 foi marcado como aquilo que está além, o que ameaça a estrutura dominante.

Nesse contexto, a Lua, a noite, o feminino e o próprio número 13 foram reprimidos e demonizados.

Com a introdução do calendário solar, o 12 ganhou ainda mais força simbólica e o 13 foi classificado como irregular, perigoso e ligado àquilo que se queria controlar e reprimir.


Uma transformação de símbolo sagrado em mau presságio


O que antes era exaltado foi lançado para o campo do mau augúrio. O 13 tornou-se sinônimo de bruxaria, oculto, inconsciente e misérias humanas.

Esse estigma se fortaleceu com narrativas religiosas e mitológicas, como:

• A Última Ceia, com Jesus e seus doze apóstolos, sendo o traidor o décimo terceiro

• Na mitologia nórdica, a presença de Loki como décimo terceiro em um banquete, resultando na morte de Baldr, o deus da alegria


A partir daí, o número 13 consolidou-se como tabu. Prédios sem 13º andar, aviões sem fila 13, fobia de sexta-feira 13.

A cultura passou a evitar o número, alimentando o medo coletivo.




O olhar esotérico: 13 como símbolo de criação e renascimento


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Quando analisado pela numerologia, o 13 revela outra face: a vibração do número 4 (1+3), ligada à estrutura, estabilidade e construção da realidade.

No Tarô, o Arcano 13 representa a Morte, símbolo de transformação inevitável e renovação profunda. Ele nos lembra das “mortes” necessárias ao longo da vida, e não de tragédia.

O 13 está relacionado ao centro que une todos os ciclos. É um chamado para olhar para si de forma consciente, madura e espiritual.

Talvez seja justamente o medo da mudança que tenha alimentado sua fama negativa por tanto tempo.


Símbolo de poder em culturas de grande destaque mundial


Um exemplo curioso é o, presente na nota de 1 dólar, onde no verso consta uma pirâmide com 13 degraus e uma águia que segura: 13 flechas, um ramo de oliveira com 13 folhas e acima de sua cabeça 13 estrelas formam um pentagrama. À frente um escudo com 13 listras.

A justificativa oficial menciona os 13 estados fundadores. Porém, o simbolismo místico é evidente demais para ser ignorado.





Em outras tradições, ele também é celebrado:

• No judaísmo, o Bar Mitzvah marca a maturidade espiritual aos 13 anos

• No Tibete, ele aparece em lendas que representam purificação da alma após 13 etapas


Será mesmo que o número 13 dá má sorte?


Com o que acabamos de conhecer sobre os símbolos presentes na nota de 1 dólar, você ainda acredita que 13 é azar?

Eu não conheço ninguém que se recusa a receber o 13º salário, por conter o 13.

Sendo assim, é importante pensar: se o número precisou ser suprimido, ele não pode ser um símbolo de azar.

Talvez o que assuste seja justamente sua ligação com o feminino, com a noite e com o mistério que não pode ser controlado. O patriarcado conheceu essa força e para cercear seu poder a rotulou como bruxaria.

Por isso, precisamos compreender que aquilo que está além da norma, fora de um "padrão" pode conter uma fonte profunda e inesgotável de sabedoria.



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Retire o véu do medo e honre o feminino


Portanto, neste Dia das Bruxas, em um Ano Universal 9, desejo que possamos transformar o 13 em uma ponte para o autoconhecimento.

Vamos retirar o véu do medo e honrar o feminino que sempre dançou com a noite, com o mistério e com a renovação.


Feliz Dia das Bruxas! Happy Halloween! Feliz Día de las Brujas!





Imagens: Canva

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